16 de mai. de 2013

Resenha - O Duque e Eu - Julia Quinn


O Duque e Eu - Julia Quinn

Informações:
Titulo original: The Duke and I
Tradução: Cássia Zanon

Páginas: 288

Formato: 16X23 cm
Peso: 360g
Acabamento: Brochura
Lançamento: 15/04/2013
ISBN: 9788580411461

Preço: R$29,90

  


Sinopse

Simon Basset, o irresistível duque de Hastings, acaba de retornar a Londres depois de seis anos viajando pelo mundo. Rico, bonito e solteiro, ele é um prato cheio para as mães da alta sociedade, que só pensam em arrumar um bom partido para suas filhas.

Simon, porém, tem o firme propósito de nunca se casar. Assim, para se livrar das garras dessas mulheres, precisa de um plano infalível.

É quando entra em cena Daphne Bridgerton, a irmã mais nova de seu melhor amigo. Apesar de espirituosa e dona de uma personalidade marcante, todos os homens que se interessam por ela são velhos demais, pouco inteligentes ou destituídos de qualquer tipo de charme. E os que têm potencial para ser bons maridos só a veem como uma boa amiga.

A ideia de Simon é fingir que a corteja. Dessa forma, de uma tacada só, ele conseguirá afastar as jovens obcecadas por um marido e atrairá vários pretendentes para Daphne. Afinal, se um duque está interessado nela, a jovem deve ter mais atrativos do que aparenta.

Mas, à medida que a farsa dos dois se desenrola, o sorriso malicioso e os olhos cheios de desejo de Simon tornam cada vez mais difícil para Daphne lembrar que tudo não passa de fingimento. Agora ela precisa fazer o impossível para não se apaixonar por esse conquistador inveterado que tem aversão a tudo o que ela mais quer na vida.

Primeiro dos oito livros da série Os Bridgertons, O duque e eu é uma bela história sobre o poder do amor, contada com o senso de humor afiado e a sensibilidade que são marcas registradas de Julia Quinn, autora com 8 milhões de exemplares vendidos.




Por Carla Rodriguez


Simon é um personagem apaixonante. Sim, ele é o tipo de mocinho que faz todo mundo suspirar. Uma personalidade forte, porém muito leal às coisas que acredita, e muito sedutor. Ele sofreu durante sua infância com seu problema de gagueira e a rejeição de seu pai, tendo como único apoio os empregados do Castelo de Clyvedon. Cresceu com a objetivo de provar que seu pai estava errado sobre tudo que havia julgado que Simon seria incapaz, e jamais cumpriria o grande sonho de seu pai: dar continuidade ao sobrenome Basset e ao Ducado de Hastings.

Para provar que seu o Duque estava errado, Simon cresce e aprende a controlar sua gagueira. Vai estudar em Oxford, onde se torna famoso tanto por sua dedicação ao estudo como por sua libertinagem. Lá ele conhece Anthony Bridgerton, que acaba se tornam seu melhor amigo. A essa altura o Duque já havia percebido e se interessado pelo progresso do filho que abandonara todos esses anos. Quando Simon descobre e percebe que não é possível evitar seu pai em Londres, vai embora do país.

Daphne Bridgerton é o tipo de personagem que você gosta ao mesmo tempo que quer dar uns tapas, ao menos eu me sinto assim. A quarta Bridgerton é uma jovem determinada (e mimada), divertida e louca para se casar. Daphne não é como as outras garotas da época, afinal, ele teve três irmãos mais velhos para aprender algumas coisas sobre a personalidade masculina. Com isso, ela não sonha em se casar com qualquer um, ela quer um pretendente que ame, mas em seu segundo ano desfilando pela sociedade ainda não encontrou aquele que fosse mexer com seus sentimentos. Os homens que ela considerava que tinham potencial para serem bons maridos geralmente se interessavam penas por sua amizade.

E é se “esquivando” de um desses pretendentes que não estavam na lista de potenciais maridos de Daphne que ela se encontra pela primeira vez com Simon, o atual Duque de Hastings, recém-retornado a Londres após o falecimento de seu pai. Logo Daphne e Simon se tornam aliados: Simon é finge que a corteja para conseguir afastar as jovens obcecadas por um marido dele e atrair vários pretendentes para Daphne. Obviamente, esse plano não poderia dar certo, mas só lendo pra vocês conhecerem o desenrolar dessa história. Pelo meio do caminho Simon deixa bem claro as promessas que fez a si mesmo para tentar apagar a imagem de seu pai da sua vida, mas essas promessas na verdade só mostram o quando a imagem do Duque está presente na vida de Simon. Dentre elas deixando bem claro que prefere, literalmente, morrer do que se casar. Ao mesmo tempo, Daphne tem algumas atitudes infantis e mimadas, tudo para conseguir o que deseja, afinal, com três irmãos mais velhos que ela aprendeu a “dobrar” a sua maneira, não podia ser diferente com os outros. Mas acreditem, mesmo com atitudes estúpidas a gente perdoa a Daphne :)

Mas muito além de Daphne e Simon, o livro, como o nome da série diz, é sobre a família Bridgerton. São 8 irmãos mais a matriarca da família, Violet Bridgerton, e cada Bridgerton tem uma personalidade peculiar e encantadora. Não é à toa que a trilogia “Os Bridgertons” se tornou uma série de 8 livros + uma antologia
com histórias extras sobre toda a família.

Os Bridgertons são uma família barulhenta, de personalidade forte e um humor afiado para os padrões Londrinos da época. E juntamente com as “Crônicas da Sociedade de Lady Whistledown” (leia!) fazem você dar risadas a toda página!

Julia Quinn é uma autora delicada, com uma escrita leve, mas que te agarra ao livro até que você chegue a última página e fique com gosto de quero mais! Além disso: o livro é lindo! A capa é linda e o livro ainda conta com árvore genealógica da família Bridgerton, que ajuda a quem ficar louco de vontade de ler os próximos livros da série. Possui no final da edição carta da autora e  o primeiro capítulo de "O Visconde que me amava - Os Bridgertons 2", que conta a história de Anthony.

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Quando Simon virou o corredor num canto, ouviu vozes e ficou paralisado. Havia interrompido um encontro de amantes. Que droga. Precisava sair dali sem ser notado. 
No entanto, quando começou a recuar em silêncio, ouviu algo que chamou sua atenção. 
– Não. 
Não? Será que alguma jovem tinha sido levada até o corredor deserto contra sua vontade? Ele não desejava ser o herói de ninguém, mas não poderia ignorar um insulto dessa magnitude. 
Antes que pudesse emitir qualquer som, porém, a jovem acertou um soco surpreendentemente forte bem no queixo do rapaz que a assediava. 
Ele desabou no chão, agitando os braços no ar de forma cômica. Simon ficou parado no lugar, assistindo incrédulo à garota cair de joelhos. 
– Ah, puxa – disse ela. – Nigel, você está bem? Eu não tive a intenção de bater tão forte.
Simon riu. Não conseguiu evitar. A garota olhou para cima, assustada. 
Ele ficou sem ar. Até então ela estivera oculta nas sombras, e tudo o que ele havia conseguido discernir de sua aparência tinham sido os cabelos fartos e escuros. Mas agora, quando ela levantou a cabeça para encará-lo, Simon constatou que tinha olhos grandes, também escuros, e a boca mais larga e exuberante que ele já vira. Seu rosto em formato de coração não era bonito segundo os padrões da sociedade, mas alguma coisa nele o deixou sem fôlego.

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